A
Secretária de Jovens Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais da CONTAG, Mazé
Morais, e o Secretário Nacional de Juventude do governo federal, Gabriel
Medina, reuniram-se nesta quinta-feira (18), na CONTAG, para debater a agenda
política da juventude brasileira considerando as pautas políticas apontadas
pela 3ª Conferência Nacional de Juventude, realizada em dezembro de 2015.
Dentre
os temas principais, pode-se destacar os desafios que se colocam para a
Secretaria Nacional de Juventude (SNJ) frente à efetivação dos direitos
previstos pelo Estatuto da Juventude, especialmente quanto à concretização da
meia entrada para jovens nos eventos esportivos, culturais e transporte. Além
disso, afirmou-se a importância de investir em políticas públicas diferenciadas
para promover o direito da juventude rural permanecer no campo, tendo o governo
federal que confirmar seu compromisso com a elaboração e implementação das
ações do Plano Nacional de Juventude e Sucessão Rural na Agricultura Familiar e
Reforma Agrária.
O
diálogo também considerou que, numa conjuntura de crise econômica que afeta de
forma diferenciada os(as) jovens brasileiros, é fundamental investir em
políticas capazes de ampliar as oportunidades de emprego e renda para a
juventude do campo e da cidade, orientadas pelos princípios do trabalho
decente. Do ponto de vista da juventude trabalhadora rural, o desafio da
geração de trabalho e renda está fortemente relacionado à democratização do
direito a terra, e neste sentido, há que se destacar o clamor da juventude que
aprovou a reforma agrária como uma das três prioridades da 3ª Conferência
Nacional de Juventude.
Na
oportunidade, a Secretária de Jovens da CONTAG defendeu que a reforma
ministerial não pode ameaçar o desenvolvimento de uma Política Nacional de
Juventude, conquistada desde 2005. É preciso criar as condições para garantir uma
estrutura de juventude forte, que se efetive por meio de espaço de gestão,
controle social e políticas. “Precisamos conquistar um ministério forte, que
faça valer as demandas das mulheres, da população negra, das juventudes e dos
direitos humanos. A atual conjuntura nos impõe desafios que só um estado
democrático, apoiado em estruturas consistentes, pode enfrentar, prezando
sempre pelo diálogo com os movimentos e o conjunto da sociedade. Por isso,
nossas vozes e ações permanecerão levando o grito ‘fica SNJ’, até que
concretamente vejamos refletidas na agenda governamental, o reconhecimento da
importância estratégica da juventude para o desenvolvimento do país”, afirmou
Mazé Morais.
Por: CONTAG, acessado em 22/02/16, as 11:00
h – Leo Costa.
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